O mercado imobiliário está a recuperar. O aumento das casas vendidas, uma maior facilidade de acesso aos créditos, juros baixos, são sinais desta evolução.

Trimestre após trimestre, as transações conheceram evoluções positivas, o que se traduziu por uma aumento nos preços. A valorização dos imóveis em Portugal está já acima da média da União Europeia. Isto explica-se pela maior concessão de crédito por parte da banca que não emprestava tanto dinheiro desde há 4 anos.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, foram vendidas 24 512 casas em Portugal no terceiro trimestre.  Em cada 10 casas vendidas, apenas duas são novas.

Além do aumento do número de transações, o valor das casas também subiu. O preço aumentou 2.9% no segundo trimestre face ao período homólogo. O crescimento em Portugal é mais acentuado do que na media da União Europeia, onde os preços subiram 2.3%. Ainda assim, não se compara ao aumento de 10.7% registado na Irlanda, onde o crescimento foi mais importante.

Desde o início do ano, 480 vistos dourados foram atribuídos (1526 no total em 2014). O número de vistos atribuídos em setembro foi de 37, dois a mais que em Agosto, através de um investimento de 21,1 milhões de euros, de acordo com dados divulgados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Segundo o SEF, 37 autorizações de residência foram concedidas através da ARI (Autorização de Residência com base no Investimento) no mês passado, 36 por via do requisito da aquisição de bens imóveis e um por transferência de capital, totalizando 21 107 956 euros.

No que diz respeito à nacionalidades, os Chineses ainda estão na liderança com 1996 vistos concedidos. Em Setembro, 27 vistos foram concedidos a cidadãos deste país. O Brasil totalizou 92 ARI no final do mês passado, três a mais que em Agosto, e o número para a Rússia é de 86 vistos para os seus cidadãos. No mês passado, quatro vistos foram emitidos para cidadãos Sul-Africanos e uma ARI a um Libanês.

Os preços dos imóveis estão a subir no Reino Unido, mas os especialistas têm notado uma queda nos preços em Londres, durante o último mês. Esta tendência, no entanto, não será mantida a médio e longo prazo,uma vez que um aumento de preços de 30% é esperado para os próximos cinco anos.

Depois de um aumento sustentado durante o século 20, a taxa de proprietários imobiliários no Reino Unido experimentou um declínio constante desde 2003. O panorama do mercado imobiliário também foi marcado pela contracção de empréstimos imobiliários. Em 2008 e 2009, a queda nos preços dos imóveis acentuou-se quando os bancos reduziram drasticamente as atribuições de créditos. Podemos também acrescentar a infalção a inflação e a diminição do poder de compra, o que resultou na desaceleração do mercado imobiliário.